A ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos (SDH) acompanha os casos de violência contra jornalistas que tenham relação com o exercício da profissão, por meio do Grupo de Trabalho Comunicadores, do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH). Em março, o órgão lançará um relatório inédito que reúne mais de 200 casos de agressões contra os profissionais.
O documento vai reunir informações de sindicatos patronais, profissionais, organizações não governamentais, Justiça e órgãos públicos. Apesar dos fortes indícios de execução, o CDDPH aguarda conclusão do inquérito policial para comprovar se a morte do jornalista Pedro Palma, assassinado em 13 de fevereiro, em Miguel Pereira, no Centro-Sul fluminense, tem relação direta com as denúncias feitas pelo jornal semanal Panorama Regional, do qual era dono.
“Se ele foi morto por ser jornalista, vamos acompanhar para que os culpados sejam punidos exemplarmente”. Durante um ano o GT Comunicadores acompanhou e monitorou casos de violência contra os jornalistas e comunicadores. “Identificamos a existência de grupos de extermínio contratados para atacar os profissionais que desafiam e desequilibram as relações de poder. Isso é uma afronta à liberdade de expressão e de imprensa”.
Segundo a coordenadora-geral do CDDPH, Tássia Rabelo, há relatos de ameaças a homicídios. Com o Ministério da Justiça, a SDH vai criar um observatório para acompanhar os casos de violência contra os profissionais. A Secretaria trabalha para conciliar as medidas de proteção e o pleno exercício da profissão. “Não podemos tirar o jornalista do lugar de trabalho para protegê-lo. Isso seria auxiliar quem quer calá-lo”.
Informações: Sociedade Interamericana de Imprensa
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