A chapa da oposição liderada pelo candidato ao governo Paulo Souto (DEM) justificou o que, para os coligados, seria o motivo de a Justiça ter acatado pedido de liminar do PT. A decisão foi classificada pelo grupo como a instituição de uma “censura prévia”.
O teor da liminar obriga a coligação do DEM a parar de veicular, na propaganda eleitoral, a reportagem da revista Veja sobre o escândalo do Instituto Brasil. Segundo a oposição, o juiz que decidiu sobre o caso, Cláudio Cesare Braga Pereira, começou a dar liminares contra as decisões de juízes competentes da propaganda durante o seu plantão, e “censurou” a campanha da chapa majoritária opositora.
Ainda de acordo com o documento passado à imprensa em coletiva na manhã desta segunda-feira (29), Claudio Cesare é genro de Jorge Hage, ministro-chefe da Controladoria Geral da União (CGU), indicado pela presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT). Os juízes do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) Salomão Viana, Francisco de Oliveira Bispo e Márcio Reinaldo Miranda Braga teriam negado o pedido dos petistas “considerando que a coligação ‘Unidos pela Bahia’ em sua propaganda apenas reproduzia um escândalo nacional”, segundo nota.
A assessoria jurídica da coligação prometeu entrar com uma reclamação junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A coletiva que aconteceu nesta segunda-feira (29) e contou com a presença na bancada do prefeito de Salvador ACM Neto (DEM), do deputado federal Antonio Imbassahy (PSDB), do candidato ao Senado Geddel Vieira Lima (PMDB), ao governo Paulo Souto (DEM) e do vice Joaci Goes (PSDB).
Por Juliana Almirante / Maria Garcia
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