urisvaldo da Conceição Brás e Valtenor Silva do Nascimento foram condenados por sequestro ou cárcere privado, homicídio qualificado e ocultação de cadáver
A pedido do Ministério Público Federal (MPF) em Eunápolis, a Justiça Federal condenou a 18 e 16 anos de reclusão, respectivamente, os indígenas Lourisvaldo da Conceição Brás e Valtenor Silva do Nascimento por sequestro ou cárcere privado, homicídio qualificado e ocultação de cadáver. A sentença, publicada em fevereiro, foi a primeira do Tribunal do Júri de Eunápolis, que contou com a atuação do procurador da República Samir Cabus Nachef Júnior.
O crime foi cometido contra Raimundo Domingues Rodrigues, na zona rural de Porto Seguro. Segundo a ação, em 9 de agosto de 2014, Rodrigues e seu compadre Manuel Messias Cardoso foram buscar alguns animais na fazenda Brasília, vizinha à propriedade da vítima, as quais tinham sido invadidas por indígenas quatro meses antes.
Após contato amistoso com os índios presentes e já se preparando para saírem, os dois foram abordados pelos réus. Brás teria apontado uma arma para a vítima e ordenado a Nascimento que lhe amarrasse as mãos. Cardoso afirmou ter conseguido fugir para a Itajamaru, onde comunicou o fato a amigos e familiares da vítima.
Depois do ocorrido, Rodrigues não foi mais encontrado e testemunhas afirmam que Brás comentava abertamente que havia matado e queimado o corpo da vítima. A motivação do crime seria vingança, visto que o produtor rural era acusado pelos indígenas de tentativa de homicídio e de outros comportamentos hostis contra eles.
(Da redação TN)