Uma tragédia chocou a cidade de Patos, na Paraíba na tarde deste sábado (19). O filho de um sargento militar de 13 anos, matou a mãe, o irmão de 07 anos, e atirou no pai. O crime aconteceu na casa da família localizada na Rua Oscar Torres, Jardim Guanabara, em Patos.
O menino de 13 anos confessou que matou a tiros a mãe de 47 anos e o irmão mais novo de sete anos. O pai do garoto, o sargento reformado de 57 anos, ficou gravemente ferido.
Segundo o depoimento, ele cometeu o crime porque a família o proibiu de usar o celular para jogar e para conversar com os amigos e porque era pressionado por notas boas.
Segundo matéria publicada no G1/PB, O menino foi apreendido pouco depois do crime e levado para a Delegacia de Homicídios e Entorpecentes da Polícia Civil em Patos. Seu depoimento foi prestado na presença de uma advogada e de uma parente. O delegado Renato Leite está responsável pelo caso.
De acordo com o delegado, já é possível fazer uma reconstituição dos fatos. O pai do menino, policial militar reformado, foi à farmácia comprar um remédio para a esposa e, pouco antes de sair de casa, retirou o celular do menino, no que foi definido pela criança como sendo “a gota d’água” que desencadeou o crime.
Quando o pai retornou da farmácia, já encontrou a esposa morta, baleada quando estava deitada. Encontrou o filho com a arma na mão e pediu para ele soltar o revólver. Ao invés disso, o menino atirou no pai e o atingiu no tórax, deixando-o gravemente ferido.
Com o barulho dos tiros, o irmão do suspeito, de sete anos, correu para abraçar o pai. Acabou sendo baleado pelas costas e morrendo no local.
Ainda de acordo com o delegado, o suspeito, depois dos tiros, guardou a arma do pai e ligou para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). O pai foi levado para o hospital e está internado em estado grave.
No início, a criança negou o crime. E a própria polícia achava, a princípio, que ele era vítima, sobrevivente de uma chacina. Depois, contudo, no desenrolar das investigações, ele foi apontado como suspeito. E, na delegacia, acabou confessando.
A criança está na carceragem da Polícia Civil de Patos aguardando audiência de apresentação. Segundo o delegado, é provável que ela seja internada provisoriamente em medida provisória contra menor infrator.
Após a apreciação judicial, ele deve ser enviado para o Centro Especializado de Reabilitação de Sousa.
por / Neuza Brizola/inf. G1