GUARATINGA – Moradores na Rua Joaquim Nabuco, que tem os fundos de suas residências voltados para um rio que corta a cidade, estão em protestos contra a administração municipal. O motivo é a invasão de suas propriedades para mudar o curso das aguas do rio para criação de uma nova via de transito que da acesso a Rua da Paz, no centro da cidade.
Fotos: Estevão Silva |
As famílias que tiveram seus patrimônios violados e se deparam em situação de risco irão tomar todas as providencias cabíveis na justiça. |
Prestando serviços à prefeitura, uma draga que trabalha no local entrou nas propriedades sem autorização dos moradores causando a destruição de cercas e plantações existentes na localidade. Na manhã deste domingo (21), em meio aos transtornos, os moradores tentaram convencer o maquinista a parar os serviços, mas prevaleceram às ordens do Secretário Municipal de Infraestrutura, Marivaldo Borges.
Marivaldo esteve no local e disse aos moradores que o trabalho faz parte de um projeto de limpeza de rios, que também permite fazer cortes em curvas fluviais, mas não especifica as localidades. Marivaldo ainda afirmou que a intenção do desvio do curso do rio é de criar uma nova via de transito livre que desafogue a circulação de pedestres e veículos na Rua da Paz, dando assim um novo acesso.
Curso do rio é alterado sem avaliação técnica e moradores reclamam contra Administração Municipal |
Moradores membros da tradicional família Pires, disseram que a atitude do secretário foi sorrateira e irresponsável, uma vez que não lhes foram comunicado nada sobre a ação e nem se quer pediram autorização para adentra a propriedade. “O que está acontecendo é uma tremenda falta de respeito e consideração às pessoas que moram próximos a este rio, pois não ouve se quer um aviso que tudo isso iria acontecer, agora estamos em uma situação de risco por conta deste desvio. Mas o que deixa as claras com tudo isso é o andamento de uma administração desorganizada.” Afirmou Maria do Socorro, membro da família Pires.
De acordo com as informações apuradas até o momento desta, não houve vistoria técnica do IBAMA no local e a secretaria municipal de infraestrutura, não possui autorização de nenhum órgão ambiental para que o curso do rio fosse alterado, além de não possuir nenhum projeto de urbanização para aquela localidade. Sendo assim, tudo acontece de maneira duvidosa quanto à questão ambiental.
As famílias que tiveram seus patrimônios violados e se deparam em situação de risco de alagamentos em tempos de chuvas fortes garantem, que a partir desta segunda-feira irão tomar todas as providencias cabíveis e necessárias junto à promotoria publica do estado e órgãos ambientais, a fim de resolver o problema.
Por: Estevão Silva