Prefeitos da base aliada do governador Rui Costa e da presidente Dilma têm pela frente um horizonte de dificuldades em 2016. Os atrasos nos repasses de verbas carimbadas e os cortes no Orçamento devem pesar muito nas eleições de 2016. A crise vai influenciar diretamente nas campanhas de reeleição de prefeitos e na eleição de sucessores aliados. Candidatos a vereador, nem se fala; devem fazer campanha a pão e água na maioria das cidades brasileiras.
A CNM (Confederação Nacional dos Municípios) estima que as prefeituras deixaram de receber em 2014 cerca de R$ 34 bilhões, dinheiro empenhado no governo federal que seria destinado a investimento na educação, saúde e infraestrutura. Na Bahia, repasses atrasados na saúde e infraestrutura não têm previsão de pagamento.
Devido ao contingenciamento dos recursos estaduais e federais, é grande o risco de as obras começarem e terem que parar no meio do caminho ou ainda, ser inauguradas e as prefeituras ficarem sem recursos para que funcionem, segundo a CNM. Isso pode deixar os prefeitos e vereadores aliados em apuros diante dos eleitores. As prefeituras estão mais dependente dos recursos, cada vez mais escassos. Para as cidades pequenas a conjuntura político-econômica é um estrangulamento inevitável, mas as maiores também já estão sofrendo os reflexos da crise.
CRIATIVIDADE – As campanhas eleitorais milionárias, com uso ilimitado da máquina pública ou com dinheiro farto de financiadores privados não serão a regra nas eleições de 2016. Candidatos terão que gastar muito capital político, queimar patrimônio e usar muita criatividade com pouco dinheiro. Será que conseguem?
Por Geraldinho Alves, jornalista e editor do Bahia40gaus