Bem diferente da realidade financeira da cidade de Eunápolis, no extremo sul, pelo menos 86% dos 417 municípios baianos não terão como pagar o 13º salário dos servidores, por falta de dinheiro. Os dados são oficiais e informados pela União dos Municípios da Bahia (UPB).
Em Eunápolis, metade do 13º é paga, automaticamente, no mês em que o servidor faz aniversário. O restante é pago até o dia 20 de dezembro. O prefeito Neto Guerrieri (PP), que há 33 meses vem pagando o funcionalismo em dia e antecipado, sempre dentro do mês, já declarou que está fazendo a provisão para honrar o pagamento integral do 13º.
QUEDA – Em setembro, quando os repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) tiveram uma queda de 33% e as prefeituras baianas deixaram de receber mais de R$ 1 bilhão, em relação a setembro de 2014, os prefeitos perceberam que a crise (que ainda está no começo) não apenas notícia, mas uma dura realidade que afeta todos os setores do país.
Pesquisa que está sendo feita pela UPB confirma que a maioria das prefeituras está sem provisão de caixa. Dos 103 prefeitos que já responderam à pesquisa, 71 disseram que não terão verba para pagar o 13º. contra 26 que disseram que terão. Apenas seis gestores responderam que já pagaram a primeira parcela do 13º.
ATRASO – A crise nas prefeituras – que ganhou a capa da edição deste domingo no jornal A Tarde – fica mais evidente, quando 50% dos gestores consultados admitem que não estão pagando em dia o salário dos servidores. Caso de algumas prefeituras na região.
Por: Geraldinho Alves